sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Se ela soubesse...


A musicalidade da coisas.


Muitas situações que em nossa existência se tornam marcantes em algum momento acabam se perdendo no fundo de nossa memória, pois com a “rapidez” que a vida passa e as muitas informações que recebemos e assimilamos acabamos que por “arquivar” alguns momentos marcantes.
Entretanto, existe uma ferramenta capaz de aflorar tais recordações instantaneamente, a musica. Alguns sons, assim como outros sentidos nos levam a recordações , de épocas ou amores, qualquer coisa que para alguém tenha sido marcante. A musica imprime fatos em nossos  cérebros eu mesmo, ao ouvir qualquer musica da banda CPM 22, sou levado a um estagio de contemplação, de nostalgia no qual fico a me deleitar lembrando de um amor antigo que se foi como um barco em um oceano que se perde de vista.
A musica é como um dispositivo que ao ser acionado causa reações, boas ou ruins. Os sons também nos lembram temas de novelas, comerciais, filmes e outras tantas coisas. E muito raro ter alguém que não aprecie uma boa musica cada qual a seu gosto, mas todos com aquele sentimento de nostalgia ou novidade dependendo da ocasião e do receptor.
Os sons fazem parte de nossas vidas, de alguma forma eles estão em toda parte, basta sermos sensíveis e entender o que cada musica ou som nos transmite e sabermos assimilar cada momento que junto a uma boa musica nos marca para sempre.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Dante_et_Virgile_au_Enfers by William Bouguereau


Estou sem tempo pra escrever, mas as imagens falam por mim, não necessariamente essa, mas o atual momento é bem repulsivo e sordido. Logo faço mais post acidos, minha maneira de escrever é essa, meus textos não seguem um padrão, tenho certeza que posso evoluir na escrita porem estou caindo em meus proprios cliches.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Arte gráfica contemporânea




Jazigo


A minha volta pra casa foi depressiva e cheia de mistérios que até hoje jazem ocultos mas que subitamente me assaltam a qualquer momento e em qualquer que seja o lugar .
Minha sanidade que já era curta tornou se mínima, o meu silencio e meu semblante aos olhos dos demais era vazio, mas internamente um tormento dilacerava minha alma e infligia meu ser espiritual onde eu implorava por esmolas de razão nenhuma. Um enfermo aflito, era a isso que eu me resumia, a ser um transcendente em um mundo paralelo onde as parábolas eram impostas por meus demônios internos, gárgulas, que nutriam minhas intranqüilidades e incertezas, maquiavélicos que são, apoderam se de minha mente e ali montaram uma espécie de  acampamento obscuro que por falha de minha própria pessoa ocupavam se por severas horas em diminuir minha existência fazendo com que o céu caísse pesadamente sobre meu espírito, fiquei cego; maltratei meu organismo e acordei inúmeras vezes durante a matina abraçando os travesseiros e rolando na cama.
Esqueci de minha vida e travei guerra comigo mesmo, onde minha matéria prima era a coerência que me ajudou trancafiar minhas emoções.
O amor é complexo demais, nocivo e destrutivo a quem assim o assimila, não existe paradigmas para esse sentimento e outros tantos, notei esse fato ao perceber que perdia o controle sobre minhas BPM e que tinha um dispositivo externo que me assombrava ao solicitar atenção. O telefone. Ele que me trazia a indicativa que eu ainda não estava totalmente curado.
Mas estou ativo, pedindo proteção e sempre com os pés no chão, deixando que eles fiquem submersos no mar da falsidade enquanto eu navego em busca de sagacidade. Minha raiz e o que me determina, não me questiono mais o porquê, nem ao menos se de fato algo me compensou.
Vou mentir se aqui escrever que pra mim tudo é passado e assim botaria em risco toda credibilidade das demais linhas que escrevi através da ponta de minha caneta vermelha, não posso ser falso comigo mesmo não teria sentido transpor tais sentimentos se os mesmos não fossem puramente verdadeiros. Existe sim um pedaço seu dentro de mim, que de acordo com o clima aflora tornado se maior e intenso a ponto de castigar meu peito; e onde eu regresso ao fundo de minhas memórias, enquanto a ampulheta avança despercebida sem que o vazio de meu olhar possa perceber.
Talvez eu preferisse ter ido a Bagdá e sangrar na guerra estúpida dos mortais ao invés de encardir minha carne com as impurezas que me foram ofertadas e muito bem vindas pela minha consciência que se encontrava fragilizada e autodestrutiva. Mas quem nunca sofreu por alguém especial? E julgou se indestrutível e acima de qualquer sentimento terreno e irracional? Quem?
As neuroses são um caso a parte, pois ao ser transportado ao mundo de Morfeu você não tem controle sobre absolutamente nada, é torna se vitima de seus devaneios e suas paixões que lhe são impostas de forma imparcial sem que você consiga se desvencilhar, e o plano de ocultar a emoção e seguir a razão pode sucumbir em uma noite perturbadora onde se acorda de súbito dentro da vida que sempre foi sua.   


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

egos invictos


Com o passar continuo do tempo e a evolução do homem temos consciência plena de como o ser humano pode ser irracional, isso é fato, todos sabemos, mas negamos com veemência se nos acusarem de hipócritas ou de certa forma de burros.


É de nossa natureza aprendemos que os erros alheios são mais “pecaminosos” e nos afogamos na obscuridade do ego inflado que nos proporciona a suposta certeza de sermos melhores que os outros, pois os erros do demais são mais enfadonhos.


Triste maneira de pensar, mas somos programados gradativamente logo após a saída do confortável útero, onde unicamente estávamos seguros das irracionalidades do homo sapiens (com certas exceções obviamente).


Os padrões que nos são impostos pela sociedade acabam sendo falhos em certos pontos e os pontos culminantes desses erros são ditados por nos que somos as “engrenagens” de nossa existência que constitui em apenas querer o que é bom pra gente e o que sobrar que fique pro outro.


Segregamos , matamos ,roubamos, destruímos... Anarquistas que somos, corruptos  e sujos  se isso nos favorecer de alguma forma, nem todos são assim, mas existe uma parcela cada vez maior de pessoas que obtém vantagens e lucros passando por cima dos outros, isso é fato no mundo globalizado os que não o fazem são as vitimas, pois alguém precisa pagar o preço pela canalhice alheia.


De que adianta escrever se a maioria não Le? Somos fechados para certas culturas por achar que de nenhuma forma elas venham a ser relevantes em nossas vidas, somos passivos e omissos poucos entendem as manipulações que nos são impostas e preferem se abster da verdade e assim continuar vivendo de si pra si. A inversão de valores também é algo frustrante, pois, a maioria vive toda a sua existência terrestre em busca de “sonhos” que o capitalismo injeta em suas vidas, um estereótipo de “como ser feliz” através do consumismo voraz e supérfluo de itens que para a felicidade ‘’deles’’ são tidos como indispensáveis.


O celular do momento, o tênis de marca, o carro do ano segurança e dinheiro no banco, todos queremos SIM! Mas engana se amargamente quem achar que a verdadeira felicidade encontra se nos bens materiais. A conquista é necessária, pois é em busca das conquistas que traçamos metas e damos sentido a nossas existências, para que o futuro (que para mim é como um macarrão que a gente vai ingerindo do modo tradicional, tipo... sugando sabe?!) seja mais ameno onde tenhamos o suficiente para ter um final sem privações, isso sim é importante, porém, não é justo que nem todos tenham o mesmo final seja por falta de oportunidade ou até mesmo por preguiça.


Cada um sabe de si pensamos todos assim, e o velho padrão ‘’bom pra mim o resto pros demais’’ e é inevitável essa forma de raciocinar infelizmente, e uma questão de instinto que muitas vezes é imposta até mesmo dentro dos lares em família entre amigos e casais, mas tudo bem, a sociologia é bem ampla e os antropólogos são muitos, logo surge um leque de explicações e variações para o mais estúpido sórdido e repulsivo modo de pensar do homem o EGOISMO.