domingo, 29 de novembro de 2009



Ninguém ama pelas qualidades que o outro tem, senão os honestos, simpáticos e não fumadores estavam garantidos.O amor não é racional, não obedece à razão.

O verdadeiro amor acontece por empatia, por cumplicidade, por magnetismo, até por conjugação estrelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem ou é do Sporting.
Isso são só babelas.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que revela quando menos se espera.

Amas aquele desavergonhado.
Mandas dúzias de mensagens e ele não responde, fazes surpresas que ele nem dá valor.
Gostas de paz e ele de confusão, gostas de um Pôr-de-sol e ele de uma PS3, não ligas às datas e ele anda de calendário no bolso, nem nos ódios as coisas combinam.
E então?

Então, ele tem um jeito de sorrir que te deixa imobilizada, o beijo dele é pior que droga, adoras uma briga com ele e ele adora implicar contigo.

Isso tem nome.
Amas aquele parvo.
Ele diz que vai e não vai, veste o primeiro trapo que encontra e nem se fala do cabelo. Ele não tem responsabilidade nenhuma, sempre perdido, e sem tacto para nada.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e mesmo assim não consegues despachá-lo.

Quando a mão dele toca na tua nuca, ficas derretida. Quando encosta na tua pele sentes-te voar.
Ele escreve umas coisas, adora o campo e surfa no mar.

Por que amas assim?

Não me perguntes. És inteligente. Lês umas coisas...
Ah, o amor, esse sacana.

Que bom que era que o amor não fosse um sentimento, mas somente uma equação matemática: Tu linda + ele inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Amar não requer consultas prévias nem pedidos de orçamento.

Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos aos pontapés, educados e bons pais de família, resmas deles!

Mas ninguém consegue ser do jeito que ele é! Valia a pena pensares nisso...
Roubado e adaptado de A. Jabor












Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentarios com conotação ofensiva não serão aceitos.